Apesar de serem campos distintos, ao menos na teoria e na prática, cultura e gestão dialogam entre si e, quando juntas, podem fazer uma empresa crescer, mas também estagnar. Tudo vai depender da forma como a cultura da instituição é administrada pelos dirigentes. Ficou interessado em entender um pouco mais sobre esses dois campos?
Sim? Então continue conosco e veja, a seguir, o que é cultura e saiba qual o papel da gestão no controle da cultura em uma empresa. Vamos lá?
O que é cultura (institucional)?
De modo grosseiro, podemos entender cultura como os costumes, hábitos e conhecimentos ou ideias de um grupo, povo, instituição, etc.
Dito de modo mais claro, quando um gestor, por exemplo, tem o hábito de realizar reuniões diárias com o objetivo de transmitir os resultados alcançados no dia anterior pela empresa, ele está colocando em execução um traço cultural da organização, ou seja, a forma como esta democratiza o acesso aos resultados pelos seus colaboradores.
Além deste exemplo, podemos visualizar a cultura nos valores, nas políticas, na filosofia e nos princípios adotados por uma instituição. Quando a empresa diz, por exemplo, que não aceita qualquer forma de discriminação, ela está implantando um princípio que deve reger a conduta de seus gestores e colaboradores.
Mas, como defende Carlos Schauff, diretor do Instituto Paulista de Excelência em Gestão (IPEG), a cultura não se resume à transmissão de valores e princípios, mas também à forma como esses elementos são controlados e erradicados quando não servem aos interesses da instituição.
Para Schauff existem, geralmente, dois tipos de culturas dentro de uma instituição: a funcional e a disfuncional. A primeira age em favor dos interesses da empresa, já o segundo, contra.
A funcional faz a organização funcionar levando em consideração, estritamente, os princípios que a regem. Já a disfuncional, digamos, faz com que esses princípios sejam colocados de lado e, no lugar deles, valores “errados”, ou seja, que não têm relação com os interesses da empresa, tomam o seu espaço.
Mas, nesse processo, qual o papel da gestão no controle da cultura da empresa?
Como vimos, a cultura de uma empresa é complexa e engloba a função e a disfunção. Por isso, é preciso saber geri-la bem, ou seja, controlá-la para que ela esteja sempre alinhada aos objetivos da marca.
Em outras palavras, cabe à gestão, a partir de estudos, metodologias e sistemas de avaliação, identificar a cultura disfuncional que faz parte da empresa e erradicá-la, visando fazer com que os seus colaboradores ajam de forma uniforme, ou seja, que atuem em busca dos mesmos objetivos, sem impasse ou qualquer obstáculo cultural.
Geralmente, podemos visualizar os obstáculos culturais em grupos de trabalhadores antigos, ou seja, naqueles que mantêm valores ou formas de atuar do tipo “Ah, é assim que fazemos aqui”, em referência a uma atividade que poderia ser feita de uma maneira mais eficiente.
Assim, quando novos colaboradores são admitidos pela empresa, eles, inevitavelmente, conflituam com os princípios estabelecidos formalmente e essas práticas antigas. Portanto, se a organização não gerir de forma eficiente a sua cultura, poderá comprometer o seu desenvolvimento.
Então, depois de ler este texto, você conseguiu perceber o quão é importante aproximar a gestão e a cultura de uma empresa para que ela possa crescer de forma eficiente, produtiva e contínua? Esperamos que sim! O nosso intuito, com este artigo, foi oferecer o essencial para que você pense na importância de conciliar esses dois campos super importantes para o crescimento de sua marca. Até a próxima!